Eu havia prometido lançar a exposição Percursos essa semana mas... a vida não é linear e no momento outros compromissos impediram-me de montar a mostra. Percurso além de ser uma mostra fotográfica será intercalada por pessoas que marcaram a minha caminhada e, muitas delas, ainda hoje, estão aqui dentro em meu coração. Pina González é uma delas. E hoje escrevo sobre o nosso tempo em Torino, norte da Itália. Pina teve e ainda tem uma grande importância em minha vida.
Nos primeiros anos em Torino a questão da imigração era vista como um problema. Talvez ainda seja assim mas naquele período eram anos difíceis porque estávamos no início e tudo era novo. Meu trabalho nas escolas me garantia uma abertura de diálogo com as crianças sobre a importância de conhecer os demais antes de amá-los. O amor sem conhecimento nos conduz por estradas errantes porque, quase sempre transferimos aos demais as nossas projeções pessoais sobre aquilo que pensamos sobre os demais.
Conheci Pina num desses encontros e desde então não nos deixamos mais. Ela nasceu na Nicarágua e vive em Torino há muitos anos. Pina tem dois filhos e um marido que tornou-se nosso amigo. Nós duas fizemos alguns trabalhos juntas. Para mim foi muito importante conhecer a estória do país dela. Freqüentemente, na Europa, se pensa a América do Sul como um bloco único, mas, de perto, se reconhece as diferenças. Aprendi a amar o país de Pina através dela. Juntas preparamos pratos brasileiros e nicaragüenses, trocamos canções, poemas e recordações. Com Pina aprendi que a arte e o trabalho podem fazer parte do nosso cotidiano. Um certo dia, enquanto nos preparávamos para um desses encontros nas escolas ela me disse algo muito importante: “Temos que trabalhar mas temos que nos divertir também senão tudo fica muito pesado”. Obrigada Pina! Recordo-me disso sempre que estou tensa e tenho muito a fazer.
Nos primeiros anos em Torino a questão da imigração era vista como um problema. Talvez ainda seja assim mas naquele período eram anos difíceis porque estávamos no início e tudo era novo. Meu trabalho nas escolas me garantia uma abertura de diálogo com as crianças sobre a importância de conhecer os demais antes de amá-los. O amor sem conhecimento nos conduz por estradas errantes porque, quase sempre transferimos aos demais as nossas projeções pessoais sobre aquilo que pensamos sobre os demais.
Conheci Pina num desses encontros e desde então não nos deixamos mais. Ela nasceu na Nicarágua e vive em Torino há muitos anos. Pina tem dois filhos e um marido que tornou-se nosso amigo. Nós duas fizemos alguns trabalhos juntas. Para mim foi muito importante conhecer a estória do país dela. Freqüentemente, na Europa, se pensa a América do Sul como um bloco único, mas, de perto, se reconhece as diferenças. Aprendi a amar o país de Pina através dela. Juntas preparamos pratos brasileiros e nicaragüenses, trocamos canções, poemas e recordações. Com Pina aprendi que a arte e o trabalho podem fazer parte do nosso cotidiano. Um certo dia, enquanto nos preparávamos para um desses encontros nas escolas ela me disse algo muito importante: “Temos que trabalhar mas temos que nos divertir também senão tudo fica muito pesado”. Obrigada Pina! Recordo-me disso sempre que estou tensa e tenho muito a fazer.
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