Ao tentarmos responder a essa pergunta precisamos definir o que é subjetividade. Subjetividade é o espaço íntimo do indivíduo. É o que temos dentro de nossas mentes, nossas crenças e valores, o nosso mundo interno. Ao nos relacionarmos com os outros construímos um espaço comum e nesse território definimos as nossas crenças, os nossos valores. Influenciamos e somos influenciados
Ao gerenciarmos pessoas devemos levar em conta esse conceito, considerando que não existe uma definição que dê conta das múltiplas facetas da subjetividade individual porque são muitos os fatores que determinam de forma decisiva o que somos e o que podemos ser. O homem é um ser em constante evolução e poderá sempre melhorar a si mesmo e aos demais, a realidade não é extática.
No quadro The Bus, de 1929, da artista revolucionária mexicana Frida Kahlò, que passou uma parte de sua vida numa cama após um acidente e, graças a sua força de vontade, voltou a andar, temos a representação gráfica de como os desiguais podem ser colocados numa situação de igualdade, de convívio. No quadro temos algumas pessoas sentadas num ônibus. A primeira mulher da direita possui uma bolsa e está vestida discretamente. Ao seu lado um trabalhador exibe o objeto do seu trabalho nas mãos, em seguida temos uma senhora descalça com uma criança que se distrai com o movimento que vem do exterior. No lugar da bolsa essa senhora carrega uma trouxa com seus pertences e denuncia sua classe social. O casal da esquerda é o mais rico. São elegantes e levam dinheiro consigo (representado no que o homem carrega consigo, que seria o equivalente ao cartão de crédito de hoje). O ônibus seria esse espaço comum entre essas várias realidades.
Numa empresa temos a mesma situação, que não deixa de ser a réplica do que temos do lado externo, em nossa sociedade.
Como esses processos influenciam a nossa subjetividade? Empurrando-nos, constantemente, para desejarmos outros lugares ou para nos mantermos onde estamos. O ato de olhar o outro e ver que existem espaços que podem ser ocupados por nós, que podemos sair da condição de pessoas descalças e termos simbolicamente o que um par de sapatos nos traria além do conforto para os pés. A metáfora é proposital: buscar o objeto do nosso desejo mas reconhecer que nem todos os que circundam podem o desejam fazer isso.
Nivea Oliveira
Ao gerenciarmos pessoas devemos levar em conta esse conceito, considerando que não existe uma definição que dê conta das múltiplas facetas da subjetividade individual porque são muitos os fatores que determinam de forma decisiva o que somos e o que podemos ser. O homem é um ser em constante evolução e poderá sempre melhorar a si mesmo e aos demais, a realidade não é extática.
No quadro The Bus, de 1929, da artista revolucionária mexicana Frida Kahlò, que passou uma parte de sua vida numa cama após um acidente e, graças a sua força de vontade, voltou a andar, temos a representação gráfica de como os desiguais podem ser colocados numa situação de igualdade, de convívio. No quadro temos algumas pessoas sentadas num ônibus. A primeira mulher da direita possui uma bolsa e está vestida discretamente. Ao seu lado um trabalhador exibe o objeto do seu trabalho nas mãos, em seguida temos uma senhora descalça com uma criança que se distrai com o movimento que vem do exterior. No lugar da bolsa essa senhora carrega uma trouxa com seus pertences e denuncia sua classe social. O casal da esquerda é o mais rico. São elegantes e levam dinheiro consigo (representado no que o homem carrega consigo, que seria o equivalente ao cartão de crédito de hoje). O ônibus seria esse espaço comum entre essas várias realidades.
Numa empresa temos a mesma situação, que não deixa de ser a réplica do que temos do lado externo, em nossa sociedade.
Como esses processos influenciam a nossa subjetividade? Empurrando-nos, constantemente, para desejarmos outros lugares ou para nos mantermos onde estamos. O ato de olhar o outro e ver que existem espaços que podem ser ocupados por nós, que podemos sair da condição de pessoas descalças e termos simbolicamente o que um par de sapatos nos traria além do conforto para os pés. A metáfora é proposital: buscar o objeto do nosso desejo mas reconhecer que nem todos os que circundam podem o desejam fazer isso.
Nivea Oliveira
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