Nos primeiros dias do ano ficamos tristes e comovidos devido às consequências das chuvas em algumas cidades serranas do Rio de Janeiro. Tristes porque não entendemos ainda que a natureza nos pede exatamente o que dela roubamos. A comoção ficou por parte das imagens de solidariedade que num primeiro momento precisa ser atenuada. Trabalhei na cooperação italiana, em projetos voltados para a emergência (na guerra do Burundi) e em outros voltados para a construção (pós guerra), no continente africano. Pude ver e refletir que cooperar é um exercício amplo. Vai além do contrato que assinamos e dos meses que permanecemos in loco com o objetivo de oferecer a nossa ajuda. Cooperar deveria estar presente no trânsito, quando deixo o outro motorista ou o pedestre passar à minha frente, quando ajudo alguém a carregar um peso físico ou moral, quando espero um segundo à mais para que o outro entre no elevador... enfim, poderia ser uma realidade comum e diária, não necessáriamente relacionada ...
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