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#vida

E busco sempre entre as linhas de uma bela estória aquilo que me faz sentir a vida com emoção. Sei que a vida não é uma estória inventada, mas sei também que as estórias nos ajudam a criar uma realidade diferente. Quem ainda não encontrou um bom livro talvez só entenda isso com a mente. Precisamos do coração para completar essa orquestra existencial. Não me refugio nas letras, mas busco nelas a força para ir adiante. Até hoje tem dado certo. Nivea Oliveira Maison De La Parole Nivea Oliveira
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Dona Bilú

Dona Bilú – Nívea Oliveira Eu ainda era menino e não sabia nada sobre a luta de algumas pessoas para sobreviver e levar adiante os próprios sonhos. Naquele tempo a nossa pobreza era como os bolos de Dona Bilú: perfumados e saborosos. Não se sofria porque não tinha isso ou aquilo. Tínhamos tudo em nossas vidas: as cordas que meu tio da Marinha nos trazia para pularmos com as meninas de Dona Filó, a costureira; as estórias de vovó que era a líder da rua e os bolos de Dona Bilú. O nosso sorriso ficava mais largo quando, nos finais de semana, vovó ia visitar a amiga Bilú. A casa era simples, de chão batido. As roupas tinham um cheiro de sabão que meus produtos atuais não conseguem reproduzir hoje, quadros de antepassados, uma vida em preto em branco que desfilava sob o móvel de madeira escura da sala. Aquele era o móvel mais imponente daquele ambiente simples. Vovó sempre o elogiava. Ela dizia que ele havia sido dado de presente, no passado, por uma ex- patroa de Dona Bilú. O verd

Uma ponte para voce

H o je publico uma crônica que escrevi para o meu querido pai, o homem que está por trás de minhas escolhas e modo de ser: UMA PONTE PARA VOCÊ Os nossos sonhos são como estradas sinuosas que nos conduzem em direção ao novo, ao desconhecido. Durante a minha infância conheci a força que a imaginação tem sobre a realidade, alterando rotas, dando significação a alguns gestos, superando dores... Nesse ... s momentos o que parece ser o apagar das luzes revela-se como uma nova possibilidade, um recomeço. Papai era um homem muito inteligente. Um metro e noventa de ternura e uma linda cor de jambo. Amante da leitura e da escrita, um homem à frente do seu tempo. Não tive tempo de conhecer os seus defeitos. Mas o que fazer? Meu irmão nasceu com a cor de jambo do papai. Minha irmã e eu parecíamos mais pálidas após o nascimento dele. Desgostava-me saber que papai o amaria mais do que a mim devido àquela linda cor que eu não tinha. Disposta a dar um fim à minha angústia, arquitetei um pla

Superando os limites

Superar os próprios limites é um exercício tão construtivo que  nos recompensa com dois achados: descobrimos algo em nós que não conhecíamos antes e direcionados a nossa energia para algo interno. O que você precisa vencer em si mesmo? Por que? Para quem? A trajetória não deve ser definida por forças externas. Acredite: o limite é você, é a sua imaginação.

"Insistência é repetir o que deu errado. Persistência é repetir o que é certo." M. Bezerra

Sonhos devem ser sonhos. Se o nosso sonho se tornou um pesadelo, do qual não desistimos porque precisamos manter a nossa palavra, estamos diante de uma grande cilada. Energia assim não faz mover o ar. Abra a janela do quarto fechado e respire fundo. Dá para arrumar essa casa ainda ou é melhor criar um novo espaço onde os sonhos possam se tornar realidade e não insistência vã? Bom domingo! Nivea Oliveira

"Insistência é repetir o que deu errado. Persistência é repetir o que é certo." M. Bezerra

Essa frase de M. Bezerra pode servir como sugestão para pensarmos sobre aquelas metas que temos seguido já sem aquela convicção inicial, empurrando com a barriga como dizem. Se nossos sonhos se transformaram num pesadelo que tentamos sustentar estamos talvez diante de uma causa que não vale a pena ir adiante. Desistir, em certos casos, è mais sobre do que a persistência cega, na qual  não seguimos mais o que seguámos mas não abrimos mão de uma promessa antiga que nada mais tem a ver conosco. Quem sabe um novo sonho não seja como

Onde está a vovó?

Há alguns anos atrás o relacionamento dos colaboradores em relação a empresa era determinado por alguns valores pontuais: o trabalhador tentava manter-se no mesmo emprego por anos a fio e isso era traduzido como um elemento positivo. Muito tempo numa função significava ser um bom funcionário. Eram outros tempos, nem tão longe assim. A devoção ao trabalhado era reconhecida em dinheiro, em promoção, em condecoração. As empresas, por sua vez, tentavam manter os próprios clientes com promoções, descontos, malas diretas, telefonemas, enfim, toda ação que pudesse envolver o outro a decidir a usar os serviços daquela empresa. Nesse processo de envolvimento temos: a empresa que buscava o seu cliente e os trabalhadores que buscavam trabalhar nas empresas. Um contínuo jogo de sedução onde o tempo era definido como sendo o elemento que caracterizava essas escolhas. Tempo era dinheiro, sim, mas era fundamental estar ali, consumir aquele produto, dedicar-se a ele. O marketing era caracterizado p