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Mostrando postagens de 2013

Dona Bilú

Dona Bilú – Nívea Oliveira Eu ainda era menino e não sabia nada sobre a luta de algumas pessoas para sobreviver e levar adiante os próprios sonhos. Naquele tempo a nossa pobreza era como os bolos de Dona Bilú: perfumados e saborosos. Não se sofria porque não tinha isso ou aquilo. Tínhamos tudo em nossas vidas: as cordas que meu tio da Marinha nos trazia para pularmos com as meninas de Dona Filó, a costureira; as estórias de vovó que era a líder da rua e os bolos de Dona Bilú. O nosso sorriso ficava mais largo quando, nos finais de semana, vovó ia visitar a amiga Bilú. A casa era simples, de chão batido. As roupas tinham um cheiro de sabão que meus produtos atuais não conseguem reproduzir hoje, quadros de antepassados, uma vida em preto em branco que desfilava sob o móvel de madeira escura da sala. Aquele era o móvel mais imponente daquele ambiente simples. Vovó sempre o elogiava. Ela dizia que ele havia sido dado de presente, no passado, por uma ex- patroa de Dona Bilú. O verd

Uma ponte para voce

H o je publico uma crônica que escrevi para o meu querido pai, o homem que está por trás de minhas escolhas e modo de ser: UMA PONTE PARA VOCÊ Os nossos sonhos são como estradas sinuosas que nos conduzem em direção ao novo, ao desconhecido. Durante a minha infância conheci a força que a imaginação tem sobre a realidade, alterando rotas, dando significação a alguns gestos, superando dores... Nesse ... s momentos o que parece ser o apagar das luzes revela-se como uma nova possibilidade, um recomeço. Papai era um homem muito inteligente. Um metro e noventa de ternura e uma linda cor de jambo. Amante da leitura e da escrita, um homem à frente do seu tempo. Não tive tempo de conhecer os seus defeitos. Mas o que fazer? Meu irmão nasceu com a cor de jambo do papai. Minha irmã e eu parecíamos mais pálidas após o nascimento dele. Desgostava-me saber que papai o amaria mais do que a mim devido àquela linda cor que eu não tinha. Disposta a dar um fim à minha angústia, arquitetei um pla

Superando os limites

Superar os próprios limites é um exercício tão construtivo que  nos recompensa com dois achados: descobrimos algo em nós que não conhecíamos antes e direcionados a nossa energia para algo interno. O que você precisa vencer em si mesmo? Por que? Para quem? A trajetória não deve ser definida por forças externas. Acredite: o limite é você, é a sua imaginação.