Pular para o conteúdo principal
Questões ambientais e ensino de português. Isso seria possível? Sim. No próximo ano iniciarei um projeto junto com pessoas de diferentes idades destinado a reciclar e ao mesmo tempo inventar, criar histórias. Estórias que nascem do momento da transformação. Transformo uma blusa numa outra, uma toalha numa saia, um tapete se desfaz em pedacinhos e compõe uma nova peça. Estórias do lixo, esse é o nome do projeto que envolve aulas de redação e português e reciclagem. Ele é destinado a pessoas de qualquer idade. Todos nós seremos escritores, aprendizes e agentes ambientais. Tudo isso num só momento, num só movimento.

Estamos todos conectados. O aprendizado também conecta conceitos com o nosso agir. Esses laboratórios são boas oportunidades para ampliarmos a nossa visão de mundo e para interagirmos com outras pessoas.

Hoje conheci uma nova expressão que amei muito. Uma pessoa disse-me que eu era uma vizinha ecológica dela por compartilharmos parte de uma natureza que se extendia da cidade dela até a cidade na qual eu me encontro atualmente. Lindo!

Vizinhos ecológicos. Um conceito profundo que vai além das imposições e limitações do território. É a geografia e a administração das cidades que se deixam invadir de novos conceitos que refletem a nossa visão de mundo. O mundo ficou tão grande e tão pequeno e nós temos a oportunidade de deixar a nossa marca, transformadora marca, em objetos, na memória das pessoas.

Reciclar e aprender português. Será uma linda viagem de descoberta.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nenhum sonho sairá da gaveta se você não sair do lugar!

Agora que já sentamos com um caderninho nas mãos e escrevemos os nossos planos durante o mês passado é hora de sair do lugar!! Vamos ao encontro do que foi escrito por nós mesmos. Todos os projetos passam por essa fase. Imagine um arquiteto que desenha uma linda construção e depois guarda o papel numa gaveta... Hoje a dica é se mexer. Já sabemos onde queremos ir, portanto, não há , motivos para não irmos em busca do que decidimos ter esse ano. Não vale esperar o dia melhor. O melhor dia é  o dia em que saimos e tentamos. Não culpe a chuva, o frio ou o sol. Assuma que a preguiça é a mãe de todas as desculpas. Mas quem comanda a preguiça é a gente mesmo, viu? Beijos e... mexa-se!! Nivea

Cooperar deveria estar presente no trânsito, quando deixo o outro motorista ou o pedestre passar à minha frente, quando ajudo alguém a carregar um peso físico ou moral, quando espero um segundo à mais para que o outro entre no elevador... enfim, poderia ser uma realidade comum e diária, não necessáriamente relacionada à tragédias e calamidades. Cooperação via além do que a solidariedade.

Nos primeiros dias do ano ficamos tristes e comovidos devido às consequências das chuvas em algumas cidades serranas do Rio de Janeiro. Tristes porque não entendemos ainda que a natureza nos pede exatamente o que dela roubamos. A comoção ficou por parte das imagens de solidariedade que num primeiro momento precisa ser atenuada. Trabalhei na cooperação italiana, em projetos voltados para a emergência (na guerra do Burundi) e em outros voltados para a construção  (pós guerra), no continente africano. Pude ver e refletir que cooperar é um exercício amplo. Vai além do contrato que assinamos e dos meses que permanecemos in loco com o objetivo de oferecer a nossa ajuda. Cooperar deveria estar presente no trânsito, quando deixo o outro motorista ou o pedestre passar à minha frente, quando ajudo alguém a carregar um peso físico ou moral, quando espero um segundo à mais para que o outro entre no elevador... enfim, poderia ser uma realidade comum e diária, não necessáriamente relacionada ...

A cultura do trabalho influencia a subjetividade das pessoas?

Ao tentarmos responder a essa pergunta precisamos definir o que é subjetividade. Subjetividade é o espaço íntimo do indivíduo. É o que temos dentro de nossas mentes, nossas crenças e valores, o nosso mundo interno. Ao nos relacionarmos com os outros construímos um espaço comum e nesse território definimos as nossas crenças, os nossos valores. Influenciamos e somos influenciados Ao gerenciarmos pessoas devemos levar em conta esse conceito, considerando que não existe uma definição que dê conta das múltiplas facetas da subjetividade individual porque são muitos os fatores que determinam de forma decisiva o que somos e o que podemos ser. O homem é um ser em constante evolução e poderá sempre melhorar a si mesmo e aos demais, a realidade não é extática. No quadro The Bus, de 1929, da artista revolucionária mexicana Frida Kahlò, que passou uma parte de sua vida numa cama após um acidente e, graças a sua força de vontade, voltou a andar, temos a representação gráfica de como os desiguais p...